Vereador Professor Hamilton Assis coleta assinaturas para a CPI da Educação na Câmara de Salvador

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), é sócio desde 2022 do empresário Samuca Silva Franco, alvo de busca e apreensão na última fase da Operação Overclean, que mira desvios de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro com recursos de emendas parlamentares. Prefeito de Salvador desde 2021, em maio de 2022 Bruno Reis comprou de Samuca quotas da SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda, segundo documentos registrados na Junta Comercial da Bahia (Juceb).

Segundo a Polícia Federal, as fraudes em licitações podem chegar a mais de R$ 1,4 bilhão. Um dos principais investigados é o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, que possui fortes conexões políticas com Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto), antecessor de Bruno Reis na prefeitura de Salvador e vice-presidente do partido União Brasil. As investigações apontam que, por exemplo, a Secretaria de Educação firmou um contrato de R$ 67 milhões com a empresa Larclean Saúde Ambiental, apontada como uma das empresas de fachada da organização criminosa.

“O que estamos presenciando é um escárnio. Esse é um grandioso esquema de corrupção que atinge diretamente gestores do nosso município e não podemos deixar de reparar na proximidade dos investigados com Bruno Reis e ACM Neto. Agora, ao saber da sociedade do atual prefeito com um dos investigados, diante de tantas questões não explicadas, não podemos deixar de pensar que isso é caso para impeachment, é gravíssimo”, diz Hamilton Assis.

O sócio do prefeito de Salvador, Samuca, virou suspeito por ter recebido dinheiro de empresas consideradas de fachada, que simulam serviços fictícios e emitem notas fiscais frias. O empresário recebeu R$ 200 mil de uma dessas empresas, a BRA Teles Ltda., em março do ano passado, e R$ 373.500 da BRA Teles e da FAP Participações Ltda. — outra das investigadas— entre abril de 2022 e março de 2024, segundo informações da Polícia Federal que ainda afirma que o nome do empresário aparece em conversas de outros investigados.

A SPE, segundo seu objeto social, atua na área de “compra, venda e permuta de imóveis próprios”, “incorporação e loteamento de áreas urbanas e rurais”, além de construção civil, administração e locação de bens próprios.

“Atualmente temos 5 assinaturas para a CPI da Educação. Somos 43 vereadores, mas 38 ainda não se posicionaram querendo saber onde foi parar mais de 67 milhões de reais que deveriam ir para a educação do município. Não vamos parar de perguntar, cobrar e insistir na importância não só mais de uma CPI, como de uma investigação completa, agora que mais informações surgem e coloca uma empresa que o prefeito Bruno Reis é sócio”, afirma o edil de Salvador.

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